meridiano - do latim meridies, "linha que une os lugares que têm o meio-dia ao mesmo tempo" ou "a linha do meio-dia". A mesma raiz latina deu origem aos termos Ante Meridiem (AM), antes do meio-dia, e Post Meridiem (PM), depois do meio-dia.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Há uns anos assisti a uma reportagem da Skynews sobre o que faz um bom blogue. Lembro-me de um dos entrevistados dizer qualquer coisa como "é como o trabalho, temos que aparecer todos os dias". Está tudo dito. Não me apetece sentar-me aqui a falar de trabalho, do tempo, da vidinha, de como gosto de pão com chouriço, da crise e dos outros blogues e, como disse um certo poeta brasileiro "Se não houver espanto, não escrevo."

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Valha-nos isto

O Porto ganhou. Pequenas alegrias.

Também não ajuda

Também não ajuda em nada à minha qualidade de vida mental do momento a porcaria de filmes para que me arrastam. Sábado, Letters to Juliet. Domingo: The Switch. Eu nem sequer como pipocas, por isso nada, absolutamente nada compensa os cinco euros e tal que gastei em cada bilhete. Eu sei. Já tenho mais que idade para bater o pé mas não gosto de ir ao cinema sozinha - a alternativa. É que nesta terrinha à beira ria plantada ainda há intervalos de sete minutos. Com quem é que comentava a primeira parte? Ou mudo de cidade ou mudo de amigos e qualquer das hipóteses é muito pouco prática.

Por outro lado,

Quem vem sempre bater à minha porta são os maluquinhos da (minha) vida. Esses, voltam sempre. S-E-M-P-R-E.  Exemplos:
1- O marroquino passado dos cornos, amigo do marido de uma colega (que foi a Marrocos há anos, apaixonou-se perdidamente por um marroquino, casou-se com ele e  "importou-o")
2- O gordo obsessivo-compulsivo com madeixas loiras no cabelo, que graças a um amigo que trabalha nas Finanças descobriu a morada e o número de telefone da casa da minha mãe e teve a distinta lata de lhe ligar a perguntar por mim. (Protecção de dados my ass).
Hoje. Tudo hoje. Um de manhã, outro depois do almoço, para equilibrar.
Existem mesmo pessoas que não sabem e nunca vão saber o que é ter um gajo a tocar à campainha com um ramo de rosas na mão, o que é ser arrebatado(a) num improviso que o (a) faz derreter-se por dentro, que ainda não encontraram quem se disponha a derrubar moinhos de vento imaginários ou reais, que lute, que se desunhe, que faça figuras que façam rir. Eu acho que sou uma delas. Ás vezes não me importo com isso mas hoje incomoda-me e apetece-me partir coisas. O problema dos fins de semana é que dão espaço de sobra para pensar e a dor de cotovelo é fodida.

PS- Aquele tal dia bom no fim de Julho não tem absolutamente nada a ver com isto. São coisas diferentes. Há anos que passo a vida a dar segundas, terceiras e até quartas oportunidades. Ia sendo tempo de ter algum feedback, mas quem sou eu para exigir do Cosmos uma coisa tão grande? Estou ressentida, sim, com seja lá o que for que manda nestas coisas. Porque só pode haver alguém a rir-se de mim, de cordelinhos na mão e que decidiu isto assim. Eu não tive absolutamente nada a ver com estes desígnios insondáveis.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Da Vida dos Outros II

Diz A Mulher Certa que O Capitão Microondas é o "Padre da blogoesfera". Achei a associação sábia, mas redutora.
É que aquela parte de esquecer ser negar uma parte da nossa própria existência, embora tenha pouco de religioso, tem o seu quê de sabedoria com S maiúsculo (que não reconheço em padre algum que já tenha conhecido, mas também não conheci tantos quanto isso e o último que conheci deixou de ser padre para se casar com uma paroquiana - não, não é o mesmo.) Sempre soube que sou o que sou graças ao que fui e ao que espero vir a ser. Só que nunca tinha lido as coisas tão bem explicadas.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Da idade

Hoje, atraída por uma T-shirt que se revelou horrível, entrei na Bershka. A Bershka atrai adolescentes como moscas a mel, descobri isso hoje. Fiz contas. Se eu tivesse uma filha agora (muito muito muito improvável), quando a rapariga tivesse 15 anos, eu teria 50. Será que com 50 anos eu iria ter o que é preciso para aturar hormonas aos saltos e parvoíces? 
O meu relógio biológico perdeu, definitivamente, as pilhas. Que descanse em paz.

domingo, 5 de setembro de 2010

PDI

A noite passada, deixei uns amigos num bar às três da manhã e fui obrigada a despedir-me deles com a frase "Já não tenho 20 anos."  Em casa, com o entretenimento certo na altura certa, sou menina para me deitar às quinhentas.  Saio de casa e, a partir das duas, acabam-se as pilhas. Não sei se isto é a meia-idade a aproximar-se. Um dia arranjo gatos para completar o quadro. Ou então, passo a meter-me com gente da minha idade. Ainda que me digam "Ah, tal, pensava que vocês as três eram todas da idade da minha filha". A filha tem 27 anos e eu fiquei contente. É que acabei de fazer 35, não brinquemos com coisas sérias, que a partir de uma certa altura o nosso ego alimenta-se (também) disto.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Já dizia a minha mãe que "não há fumo sem fogo" e ao longo da manhã tenho acreditado com fé quase religiosa na tal senhora da balança e venda nos olhos. Para mim, toda a gente é suspeita - e culpada- até prova em contrário. Porque me lembro de uma amiga de infância que foi abusada por um velho nojento e que nunca contou a ninguém porque ninguém iria acreditar nela. Contou-me a mim, obviamente, já o velho estava a fazer tijolo há décadas. O facto da miúda hoje ser uma mulher perfeitamente equilibrada e normal só prova a resiliência de determinados exemplares da raça humana. Mas nem todos são iguais e tudo isto ainda me faz ferver o sangue. Mau. Muito mau.

Adenda: (17:30) Hoje é um dia bom. Não sei o que existe, não vi, não li, mas se as vítimas consideram que foi de facto feita justiça, eu também. E vou dormir melhor.